Chamado de “Nova Estação”, projeto visa reformular toda a estrutura da rodoviária e criar um novo espaço de convivência para a população 

O prefeito de Mauá, Marcelo Oliveira (PT), apresentou na tarde da última sexta-feira (22) o projeto “Nova Estação”, que compreenderá, entre outras ações, a reforma do Terminal Rodoviário Central. O ato ocorreu na Praça 22 de Novembro – um dos locais que será beneficiado com as obras – e contou com a presença de membros da atual gestão, além de populares.

O objetivo do projeto “Nova Estação”, de acordo com a Prefeitura de Mauá, é modernizar a estrutura da rodoviária, oferecendo um espaço mais organizado para os usuários do transporte coletivo municipal, uma das grandes demandas da população mauaense nos últimos anos.

Conforme o projeto, o novo terminal manterá a estrutura de oito plataformas para o embarque e desembarque de passageiros, mas terá uma mudança significativa em relação ao acesso às paradas dos ônibus, que será feito por meio de escadas rolantes. Com isso, a circulação de pedestre nas vias será proibida. O Paço garantiu ainda que a nova concepção estrutural da rodoviária respeitará os padrões de acessibilidade.

A modernização do terminal rodoviário, entretanto, não é a única novidade do projeto “Nova Estação”. O espaço também passará a abrigar uma espécie de centro de convivência com comércios, serviços públicos e praça de alimentação, em um ambiente mais seguro. A perspectiva é de que cerca de 400 lojas passem a compor o centro de compras que será montado no local.

Outro benefício que a obra pretende trazer é a melhoria no acesso à estação central da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos), o que pode facilitar o processo de retomada da integração entre ônibus e trens na cidade, proposta presente no plano de governo de Marcelo Oliveira.

Já as obras, que têm previsão de dois anos para serem concluídas, deverão gerar cerca de seis mil novos postos de trabalho na cidade, tanto ao longo da construção como após a inauguração do centro comercial. O investimento total deve ser superior a R$ 34 milhões e a condução dos serviços ficará a cargo da Demac Empreendimentos Imobiliários e Participações por meio de uma PPP (Parceria Público-Privada). A empresa também poderá explorar, comercialmente, o novo terminal por 35 anos.

Durante a apresentação do projeto, o prefeito Marcelo Oliveira destacou que a obra deverá mudar a cara de Mauá, principalmente por atender a um pedido antigo da população. Nos últimos anos, o espaço chegou a passar por algumas intervenções, mas nenhum projeto de construção de uma nova rodoviária saiu do papel. Em dezembro de 2020, o ex-prefeito Atila Jacomussi (SD) chegou a lançar a pedra fundamental para o início das obras. Entretanto, a proposta não seguiu adiante.

“É um orgulho e uma emoção muito grande anunciar esse momento para a população de Mauá. Essa novidade vai mudar a cara da cidade. E queremos a partir desse empreendimento, reescrever a história da cidade, gerando empregos, dando oportunidades a empreendedores e possibilitando um transporte de qualidade e dando mais conforto às quase 200 mil pessoas que circulam diariamente pela região central”, afirmou o prefeito que ao longo da campanha eleitoral de 2020, já havia pontuado, em seu plano de governo, que caso vencesse o pleito sua gestão buscaria parcerias para desenvolver o projeto.

Além da modernização do Terminal Rodoviário Central, a Prefeitura de Mauá também estuda construir outros três terminais na cidade, no Jardim Itapeva, no Jardim Itapark e no Jardim Zaíra. 

Tombamento da Praça 22 de Novembro 

Outro ponto esclarecido pela Prefeitura de Mauá, em relação ao projeto “Nova Estação”, era a questão envolvendo o tombamento da Praça 22 de Novembro, que poderia atrapalhar os planos de modernização da área.

De acordo com o Paço Municipal, a Praça 22 de Novembro também será reformada e continuará com o mesmo nome, que homenageia a data da realização do plebiscito que decidiu pela emancipação política e administrativa de Santo André, em 1953, uma vez que não há tombamento material da praça. Ainda segundo a administração mauaense, o documento vigente diz respeito ao item imaterial, que é a memória do movimento emancipacionista de Mauá, que será preservada. A Secretaria do Verde e Meio Ambiente está realizando o acompanhamento do projeto para definir as diretrizes para compensação ambiental pela remoção das espécies que estão atualmente no local.